O tarot de Marselha, da editora Isis

Caixa e baralho.
Contrastando com a resenha anterior do mesmo baralho da editora Pensamento, vou analisar agora a edição da Isis. A edição que utilizei é a do baralho avulso, sem o livro escrito por Julian M. White - então não poderei opinar a respeito. Esta edição tem o ISBN 978-85-8189-073-9 e a caixa não tem nenhuma informação de data de publicação.

O tarô de Marselha é um dos mais antigos e tradicionais a usar a ordenação mais familiar a nós - 22 arcanos maiores, 56 menores/corte, e está disponível em diversas versões, que variam as cores e alguns detalhes da ilustração. Este é um exemplo bem sucedido de boa seleção dos originais utilizados. O material deixa um pouco a desejar, mas é um trabalho acima da média, tendo como parâmetro as edições nacionais que conheço do tarô de Marselha.

Paguei R$37,31 nesta edição, promocionalmente. Seu valor varia muito, mas é facilmente encontrada em diversas livrarias e lojas esotéricas. 

Verso das cartas
As cartas, como o do baralho de Giovanni Vacchetta, têm 12x7cm, e possuem cores vívidas e acabamento envernizado muito intenso. São belíssimas mas de manuseio difícil - elas são bem molinhas e dobráveis e vem levemente grudadas umas nas outras. O verso das cartas é muito elegante, em vermelho e azul, e possibilita o uso das cartas invertidas. As ilustrações estão inteiras e a paleta de cores utilizada é, pra mim, mais realista que a da ed. Pensamento.


As ilustrações são bastante nítidas, e as cores bem distribuídas. De primeira, estranhei que as cores estavam meio trocadas, com relação a outras edições do Marselha, mas logo você se adapta e consegue vislumbrar a beleza na colorização desta edição. Algumas modificações nas ilustrações foram feitas - ainda não tenho uma opinião formada a respeito; acho o tarô um sistema muito delicado para modificações, às vezes, arbitrárias - principalmente em um baralho tradicional como o de Marselha. Mas isso é uma chatice minha e não deve ser levada em conta.


Um incômodo no baralho é o fato das ilustrações estarem dentro de um frame na carta, deixando uma borda com tamanhos diferentes nos cantos da carta. Isso me incomodou bastante mas é uma questão menor perto do resto da edição.

As cartas são bem frágeis, apesar de bonitas; o papel utilizado é de gramatura baixíssima, fazendo com que a carta seja extremamente maleável e pode-se marcar facilmente. As cores são muito intensas e é realmente lindo "folhear" o baralho. Não indico para um uso muito intenso, mas é uma bela opção pra coleção. O uso regular irá danificar as cartas rapidamente, mas não vejo por que não utilizá-lo em consultas esporádicas. Até mesmo pelo fato da carta ser muito envernizada, acho que o problema do uso constante não é tanto desbotar a carta, mas sim ela ser rasgada ou marcada por acidente.

O baralho pode ser adquirido diretamente com a editora.

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